A importância de criar um ambiente acolhedor e inclusivo para todos os alunos passa por cuidar e ficar atento às restrições alimentares. Conforme evoluímos no conhecimento sobre os hábitos e também sobre as decisões de cada um, nós passamos a compreender melhor as necessidades de cada uma das crianças nas escolas.
Os alimentos agem de forma diferente para cada uma das pessoas. Por isso é preciso pensar em cardápios que atendam às limitações de cada um, seja por necessidade ou por decisões de caráter individual.
A restrição alimentar é causada por alergias e intolerâncias alimentares e até doenças alimentares. Mas também há restrições ligadas às próprias crenças culturais, éticas ou religiosas ou também por decisão própria.
O que é uma restrição alimentar?
As restrições alimentares abrangem um amplo espectro de condições que exigem a exclusão ou limitação de determinados alimentos da dieta. As causas podem ser diversas, desde alergias e intolerâncias alimentares até doenças metabólicas e opções pessoais.
- Alergias alimentares: Resposta anormal do sistema imunológico a um determinado alimento, podendo causar sintomas como coceira, urticária, inchaço, vômitos, diarreia e até mesmo choque anafilático em casos graves. Exemplos comuns incluem alergia à proteína do leite, ovos, soja, trigo, amendoim e frutos do mar.
- Intolerâncias alimentares: Dificuldade do corpo em digerir um determinado nutriente, geralmente devido à deficiência de enzimas digestivas. A intolerância à lactose, por exemplo, causa desconfortos intestinais como gases, inchaço e diarreia após o consumo de leite e seus derivados.
- Doenças metabólicas: Condições como diabetes exigem restrições alimentares para controlar os níveis de glicose no sangue. Pacientes com diabetes precisam ter cuidado com o consumo de açúcares, carboidratos refinados e gorduras saturadas.
- Opções pessoais: Restrições alimentares também podem estar relacionadas a crenças culturais, religiosas ou éticas, como o vegetarianismo e o veganismo, que excluem carne animal e/ou derivados da dieta.
Quais são as principais restrições alimentares
Existem vários alimentos que provocam reações ao ser humano de acordo com o funcionamento do organismo.
- Alergia à proteína do leite: Uma das alergias alimentares mais frequentes, exigindo a exclusão total de leite e derivados da dieta.
- Intolerância à lactose: Dificuldade em digerir a lactose, presente no leite e seus derivados. Veja no nosso blog tudo o que você precisa saber sobre.
- Alergia ao ovo: Reação alérgica ao ovo em suas diversas formas (gema, clara, cozido, frito, etc.).
- Alergia a frutos do mar: A alergia a frutos do mar é uma das alergias alimentares mais comuns. Essa condição pode causar reações graves, desde coceira e urticária até anafilaxia, uma emergência médica que pode ser fatal.
- Doença celíaca: Autoimunidade ao glúten, proteína presente no trigo, centeio, aveia e cevada. Exige a eliminação total do glúten da dieta. Confira aqui tudo sobre a intolerância a glúten.
- Diabetes: Doença metabólica que exige controle rigoroso da glicemia através da dieta, limitando o consumo de açúcares, carboidratos refinados e gorduras saturadas.
Como a escola deve atender alunos com restrições alimentares?
A escola tem um papel fundamental em garantir a segurança e inclusão de alunos com restrições alimentares. Por isso é importante ter um cardápio inclusivo, que atenda diferentes necessidades existentes, e utilizar técnicas como o uso de produtos naturais, evitar alimentação rica em açúcar e gorduras e saber como administrar festas de aniversário para que todos os colegas possam confraternizar entre si, mas que não corram riscos de se alimentar de forma inadequada.
Para isso, algumas medidas essenciais devem ser tomadas:
1. Comunicação e Diálogo:
- Estabelecer canais de comunicação abertos com pais ou responsáveis para obter informações precisas sobre as restrições alimentares de cada aluno.
- Incentivar o diálogo com os alunos, criando um ambiente onde eles se sintam confortáveis para falar sobre suas necessidades alimentares.
- Realizar treinamentos periódicos para toda a equipe escolar (professores, funcionários da cozinha, monitores, etc.) sobre restrições alimentares, protocolos de segurança e atendimento adequado aos alunos.
2. Adaptação do Cardápio:
- Oferecer opções de lanches e refeições que atendam às diversas restrições alimentares dos alunos, garantindo um cardápio nutritivo e balanceado.
- Identificar claramente os alimentos e ingredientes utilizados na preparação das refeições, incluindo informações sobre alérgenos e potenciais contaminantes.
- Disponibilizar alternativas seguras para alunos com restrições alimentares durante eventos escolares, como festas, excursões e atividades extracurriculares.
3. Segurança e Prevenção:
- Implementar protocolos rigorosos de higiene e manipulação de alimentos para evitar contaminação cruzada, especialmente na cozinha e refeitório. Lembre-se que um produto que pode ser inofensivo para um, pode se transformar em um veneno para outro.
- Assegurar o armazenamento adequado dos alimentos, utilizando recipientes identificados e separados para evitar contato com alérgenos.
- Treinar os alunos sobre como identificar e evitar alimentos que podem causar reações alérgicas ou intolerâncias.
- Manter kits de primeiros socorros com medicamentos de emergência, como adrenalina auto-injetável, para casos de reações alérgicas graves.
4. Inclusão e Conscientização (continuação):
- Promover atividades educativas sobre alimentação saudável e restrições alimentares, incentivando a aceitação da diversidade e o respeito às escolhas alimentares dos colegas.
- Organizar workshops de culinária inclusiva, ensinando aos alunos como preparar lanches e refeições saudáveis que atendam a diferentes restrições alimentares.
- Encorajar a participação dos alunos com restrições alimentares no planejamento de cardápios e atividades relacionadas à alimentação na escola.
- Criar um ambiente onde todos os alunos se sintam confortáveis para comer e socializar durante as refeições, independentemente de suas restrições alimentares.
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Na It’s Cool Foods, a alimentação escolar está ligada à qualidade de vida dos alunos. Por isso existe a preocupação cada vez maior de fazer cardápios inclusivos e que atendam qualquer tipo de restrição alimentar.
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