Se você trabalha com crianças ou é responsável pela criação delas, certamente já ouviu falar em seletividade alimentar. Este fenômeno é bastante comum durante a infância, mas pode se tornar um problema, se tratado de forma incorreta. 

Pensando em auxiliar pais, responsáveis e educadores que passam por essa situação, criamos o artigo de hoje. Aqui, vamos explicar o conceito de seletividade e como auxiliar a criança. Boa leitura!

Conceito de seletividade alimentar

Em suma, este comportamento identifica-se como uma recusa a certos tipos de comida, pouco apetite e falta de interesse pela alimentação, em geral. A princípio, a tendência é que seja um comportamento da fase pré-escolar, mas pode se estender até a adolescência e fase adulta, sem o tratamento apropriado. 

Atualmente, a seletividade alimentar recebe o nome de Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE). Uma criança ou adulto que tem esta condição pode ser muito exigente com a alimentação ou demonstrar total aversão a determinados grupos de alimentos. Também é comum que haja pouca ou nenhuma recepção a diferentes texturas, cores ou sabores. 

Nesse sentido, é uma grande dificuldade para a criança aceitar variações no cardápio, preferindo, sempre, a comida que represente segurança. Alguns sintomas mais específicos são, ainda, angústia ao se deparar com um alimento desconhecido e náuseas, caso seja obrigado(a) a ingerir esta comida. 

A seletividade alimentar pode ter causas variadas, por isso, é recomendável consultar um especialista para ter um diagnóstico preciso e realizar o tratamento da melhor forma. Porém, alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de TARE. Por exemplo: problemas psicológicos; mudanças no olfato ou paladar; dificuldades na mastigação ou deglutição; fobias sociais; estímulos negativos associados à hora da comida etc. 

Como ajudar a criança?

Além de procurar orientação de pediatras, nutricionistas e psicólogos especialistas neste assunto, é possível diminuir os efeitos da seletividade alimentar. Veja as nossas dicas a seguir!

1) Tenha uma rotina

Estabelecer horários para as refeições, todos os dias, pode condicionar o organismo da criança a receber os nutrientes nestes períodos. Dessa maneira, é mais difícil que ela recuse uma refeição, porque ficará um tempo maior sem o insumo. 

2) Nunca force a alimentação

A seletividade alimentar pode surgir a partir da pressão por se alimentar de determinados alimentos ou em certas quantidades. Portanto, é importante respeitar o nível de apetite da criança. Seja flexível e entenda que a relação com a comida é uma construção. 

3) Use a criatividade

Se os cardápios em casa ou na escola são pouco variáveis, não saindo muito do “feijão e arroz” de todo dia, isso pode ser uma influência para a seletividade alimentar da criança. Por isso, é interessante incrementar algumas receitas, variando em sabores e texturas de forma gradativa. 

4) Evite as telas

Para desenvolver a habilidade de conhecer a saciedade, é importante que a criança tenha uma conexão com a comida no momento da refeição. Assim, evite que os eletrônicos, como TV e celular, sejam usados nesse momento. Uma boa dica para isso é transformar a hora da refeição em uma conversa, compartilhando histórias e fazendo brincadeiras.

5) Seja o exemplo da criança

Crianças aprendem por repetição. Ou seja, se o adulto que fornece a segurança não tem o costume de se alimentar adequadamente, consumindo produtos in natura, a criança pode associar estes alimentos com algo negativo ou perigoso. 

E isto pode ser uma causa da seletividade alimentar. Portanto, se você deseja que a criança se alimente bem, deverá fazer o mesmo!

Antes de tomar qualquer atitude em relação à seletividade alimentar da sua criança, entenda que todos nós somos seletivos. Todos temos preferências e fazemos associações de alimentos a momentos felizes ou tristes. 

Assim, com a criança, não seria diferente. Procure exercitar o acolhimento e a paciência, antes de tudo. Dessa forma, você começará a mudar a relação com a comida da melhor forma possível!

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