A alimentação escolar não é só uma questão de nutrição. Ela carrega cultura, afeto, educação e impacto social. Quando os alimentos servidos no restaurante escolar vêm de produtores locais, esse impacto é ainda maior: gera renda para quem planta, promove o consumo consciente e aproxima as crianças das suas origens alimentares.
Valorizar alimentos locais é um caminho prático e poderoso para transformar refeições em oportunidades educativas, sustentáveis e saudáveis.
O que significa valorizar alimentos locais?
Conceito de alimentos locais e sazonais
Alimentos locais são aqueles produzidos na mesma região onde serão consumidos. Quando essa produção respeita a sazonalidade, ou seja, o ciclo natural das colheitas, os ganhos são ainda maiores: alimentos mais frescos, nutritivos e saborosos.
Valorizar o que é local é usar, por exemplo, a banana do produtor da região, o tomate da horta comunitária, a abóbora do pequeno sítio vizinho. É tirar o melhor do que a terra oferece naquele momento.
A ponte entre campo, escola e comunidade
Quando a escola escolhe ingredientes cultivados por agricultores locais, ela cria uma ponte entre o campo e a comunidade. Essa conexão fortalece a cultura alimentar regional, estimula o conhecimento sobre a origem dos alimentos e valoriza o trabalho de quem produz. Os alunos aprendem com o que comem, e a escola se posiciona como um elo de cuidado com a saúde, a economia e o meio ambiente.
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Benefícios nutricionais e pedagógicos
Frescor, sabor e qualidade nutricional
Quanto menor o tempo entre a colheita e o consumo, maior o valor nutricional do alimento. Alimentos locais tendem a ser mais frescos, o que significa mais vitaminas, minerais e sabor. Isso aumenta a aceitação das crianças, estimula a curiosidade alimentar e torna a experiência no restaurante escolar mais positiva. Comer bem, nesse contexto, é também comer com prazer.
Educação alimentar para as crianças
A alimentação é parte da educação. Ao incluir alimentos locais no cardápio, a escola ensina sobre diversidade alimentar, sustentabilidade e cultura. Projetos como hortas escolares, visitas de produtores e atividades temáticas ajudam a aproximar os alunos do ciclo da comida e a formar um olhar mais consciente sobre o que vai no prato.
Impacto econômico e social
Apoio à agricultura familiar
Direcionar a compra de alimentos para agricultores familiares é uma forma de incentivar a economia rural e fortalecer pequenos produtores. Quando a escola dá preferência a alimentos locais, contribui para gerar renda constante nas comunidades do entorno, cria oportunidades para agricultores de pequeno porte e estimula cadeias curtas de abastecimento. Essa escolha movimenta o campo e amplia o papel social da alimentação escolar.
Desenvolvimento da comunidade local
Quando a escola compra de quem está próximo, o dinheiro circula na própria comunidade. Isso gera empregos, movimenta o comércio e fortalece a economia local. Além disso, estreita relações entre escola, famílias e produtores, criando uma rede de colaboração e pertencimento.
Sustentabilidade e meio ambiente

Redução da emissão de carbono no transporte
Trazer alimentos de longe exige transporte, refrigeração, embalagens e tempo. Tudo isso representa mais emissão de carbono. Ao escolher ingredientes locais, a escola reduz o impacto ambiental das refeições, corta a necessidade de longos deslocamentos e contribui diretamente com metas sustentáveis.
Práticas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
A valorização dos alimentos locais está conectada a vários ODS da ONU, como Fome Zero, Consumo Responsável e Ação Climática. Comprar de produtores próximos, priorizar o que é da estação e educar sobre desperdício são atitudes que colocam a escola no centro de uma agenda global.
Como inserir alimentos locais no cardápio escolar
O papel dos nutricionistas na elaboração dos cardápios
Nutricionistas têm um papel essencial na construção de cardápios que valorizem ingredientes locais. Cabe a eles mapear a oferta regional, planejar menus que respeitem a sazonalidade e garantir que a alimentação continue equilibrada, segura e atrativa para os alunos.
Por exemplo, no auge da colheita de determinado legume ou fruta, o cardápio pode
incorporá-lo de formas criativas (sucos, saladas, pratos quentes) aumentando sua presença na dieta dos alunos quando está mais disponível e acessível.
Respeito à sazonalidade e diversidade alimentar
Cada estação oferece alimentos com melhor preço, sabor e valor nutricional. Planejar o cardápio com base nisso reduz custos, aumenta a qualidade e estimula a diversidade alimentar. É também uma forma de ensinar as crianças sobre o ciclo natural da produção.
A prática educa os alunos e famílias sobre o ritmo da natureza e o valor de comer cada coisa em seu tempo. Ainda, ao abraçar a diversidade alimentar local, a merenda escolar fica mais rica culturalmente, incorporando alimentos que talvez não fizessem parte do hábito das crianças, ampliando seu repertório de sabores.
Exemplos práticos de alimentos locais aplicados na merenda escolar
Valorizar alimentos locais não exige grandes mudanças. Com criatividade e planejamento, é possível transformar a alimentação escolar em um reflexo da cultura regional e dos princípios de sustentabilidade. Veja algumas dicas:
Frutas regionais no lanche
Substituir ultraprocessados por frutas da região é uma escolha simples e deliciosa. No Nordeste, por exemplo, escolas podem oferecer melancia ou mamão fresquinhos no lanche da manhã. No Sudeste, banana nanica ou suco natural de laranja da região são opções acessíveis e nutritivas. Isso amplia o consumo de frutas pelas crianças e gera demanda para os produtores locais.
Pratos típicos com toque saudável
Valorizar receitas tradicionais da região ajuda a fortalecer a identidade alimentar dos alunos. Pratos como quirera, cuscuz ou pirão podem ser adaptados com menos sal, mais vegetais e preparo equilibrado, mantendo a essência cultural e promovendo hábitos saudáveis desde cedo.
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O compromisso da It’s Cool com a alimentação sustentável

Na It’s Cool, a alimentação é pensada como parte da educação. Por isso, valorizar alimentos locais é um compromisso real: buscamos fornecedores da região, respeitamos a sazonalidade e trabalhamos com uma equipe de nutricionistas que garantem variedade, qualidade e segurança alimentar.
Em um único ano, foram utilizadas mais de 688 toneladas de frutas, 301 toneladas de legumes e 167 toneladas de verduras folhosas nos nossos restaurantes escolares.
Com iniciativas que unem educação nutricional, cardápios planejados e cuidado com o meio ambiente, transformamos cada refeição em uma oportunidade de formar hábitos saudáveis e sustentáveis.
Alimento de verdade, vindo de perto, servido com intenção: esse é o nosso jeito de cuidar das crianças, das famílias e do futuro.
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